terça-feira, 17 de setembro de 2013

Acará: Candidatos de concurso denunciam suspeita de violação

Candidatos inscritos no concurso público 001/2013 da Prefeitura de Acará denunciam que as provas estavam violadas. O certame aconteceu na manhã de ontem, em escolas públicas e secretarias do município, sob responsabilidade da Faculdade Integrada Brasil Amazônia (Fibra). De acordo com a denúncia, as provas aos cargos de Procurador Municipal e Assistente Social estavam lacradas com fita adesiva. O caso foi registrado na Delegacia de Acará, sob investigação da delegada Rosa Maria Gomes Santa Brígida. A equipe de reportagem não conseguiu contato com a faculdade para obter esclarecimentos. O concurso ofertou 1.178 vagas distribuídas em 68 cargos, desde o ensino fundamental incompleto, técnico e ensino superior completo.
A advogada Ana Paula Reis Cardoso se candidatou ao cargo de Procurador do Município e conta que a prova estava "claramente" violada. Os candidatos se recusaram a fazer o exame e exigiram a presença da Polícia Civil, porém os organizadores, segundo a advogada, tentaram evitar o registro de ocorrência. Na turma dela, havia 40 pessoas. "Chamaram três pessoas para assistir à abertura do lacre e as moças verificaram que a prova estava lacrada com durex. Eles justificaram que a cola não pegou direito; deram várias desculpas. A gente argumentou que a prova poderia ter sido aberta e fechada, e ninguém saberia. Eles (fiscais) chamaram os coordenadores e falaram que era pra fazer a prova e, depois, quem quisesse entraria com recurso", relatou.
Segundo Ana Paula, os candidatos contra-argumentaram que prova violada é crime e nenhum deles fez o exame. "Falamos que não, que era um crime, que eles estavam lidando com advogado e que queríamos a polícia. O diretor-geral da Fibra autorizou a polícia. A delegada apurou e viu que estavam lacradas de forma errada", afirmou. Além disso, ela destaca que o horário da prova também não foi cumprido de acordo com o que estava previsto em edital. "A prova devia começar às 8 horas. No relógio de todo mundo já eram 8h15 quando começou", disse. A advogada reforça também que só tiveram acesso à prova na delegacia, com a presença da delegada, para conseguir o cancelamento do certame. "Eles queriam que a gente tivesse acesso à prova, justamente para, quando passasse outra prova, fosse diferente. Até umas 10 horas, tinha muita gente na delegacia", reclamou.
A assistente social Aline Azevedo de Moura denuncia que na sala dela houve o mesmo problema. "A fita colocada estava grosseira, amarrotada e aberta", observou. No entanto, a organização da prova os pressionou para fazer o exame. "Ninguém ia fazer a prova, porque vimos que estava violada. Por pressão do diretor-geral da Fibra, fizemos porque não temos o mesmo conhecimento do 'pessoal' de Direito. Fizemos a prova, ocorrência na faculdade e na delegacia também", contou. Quanto ao caso de Aline, ela afirma que "muita gente" estava revoltada na cidade e que a delegada prometeu cancelar o certame.
Já a assistente social Patrícia Fernandes ressalta que, apesar de não ter prova violada, houve confusão sobre o horário de início e fim do exame. "No relógio de todo mundo era 8h15; no deles, era 8h. No site do edital estava que terminaria em meio-dia e lá eles falaram às 11h. A gente sai do nosso município para fazer essa prova e tem que lidar com esse transtorno", lamentou, acrescentando que mora em Belém.

4 comentários:

Anônimo disse...

Que absurdo, não pode ficar desse jeito, tem que ser anulado.

Anônimo disse...

tem que cancelar mesmo nao e justo. cade a justiça

Anônimo disse...

isso não pode acontecer tem que se anulado imediatamente.

Anônimo disse...

Fiz 30 acho que vou passar...