quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Asconpa apoia greve dos trabalhadores em educação do Pará


Presidente da Asconpa na ocupação do prédio da Seduc
Carta das entidades organizadas em apoio à greve dos trabalhadores em educação do Pará

Os (as) trabalhadores (as) em educação do estado do Pará em greve desde 23/09 vem a público esclarecer que permanecem paralisados por ainda não terem as reivindicações da categoria atendidas.
Ao contrário do que diz o governo, que divulga de forma tendenciosa notas pagas na imprensa local com o dinheiro público, e tenta induzir a opinião da sociedade contra os (as) trabalhadores (as) em educação,  afirmamos que o movimento é comprovadamente legítimo, como o próprio Supremo Tribunal Federal decidiu.
A sociedade civil organizada responde ao governo do estado: nós também queremos aulas! No entanto, não é a greve que prejudica os estudantes, pois estes já estão prejudicados há pelo menos três décadas, por conviverem com o descaso dos governos, a falta de políticas públicas de estado e infra estrutura física e pedagógica.
Todos os anos são devolvidos milhões em recursos federais devido à má gestão do estado. As consequências são sentidas por toda a sociedade paraense pelo serviço público oferecido de baixa qualidade, exemplo disso, são as escolas precárias, reformas inacabadas, falta de equipamentos pedagógicos e tantas outras precariedades vivenciadas. O reflexo disso são os resultados alcançados: pior índice de desenvolvimento da educação básica, no ensino médio e o segundo pior índice de desenvolvimento humano em educação do país.
Os (as) trabalhadores (as) em educação não podem ser responsabilizados (as) por esse descaso com a educação pública no estado. Entretanto, a luta dos (as) trabalhadores (as) busca não apenas ganhos financeiros, mas principalmente garantir que o serviço oferecido à sociedade seja o melhor possível. Pois, estas pautas contemplam reformas das escolas e do prédio sede da Seduc, inclusão dos servidores que não são do grupo magistério no PCCR, a lotação por jornada com garantia de ⅓ para hora atividade e a regulamentação das aulas suplementares e a  regulamentação do SOME, visando garantir o acesso à educação ao aluno do campo.
Diante do exposto, os movimentos sociais organizados, signatários, responsabilizam o governo do estado pela precarização da educação pública paraense, visto que não está oportunizando o diálogo com a categoria – a não ser quando pressionado por atos radicais. Exigimos que a pauta dos (as) trabalhadores (as) seja atendida para que os alunos possam retornar as escolas com a certeza de que não terão as aulas interrompidas.
Contudo é necessária uma grande mobilização da sociedade que force a aprovação do Plano Nacional da Educação e que este assegure a destinação de 10% do PIB para financiar a educação pública no Brasil, com vistas a garantir a educação de qualidade que queremos e que vá para além dos discursos e intenções dos governantes, tornando-se realidade.

Assinam SINTEPP E SUBSEDES, ADUFPA, AEBA, AFBEPA, ANEL, APS, ASCONPA, ASFUNPAPA, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS ESTUDANTES DE ENGENHARIA FLORESTAL, CAEF/UEPA, CAHIS/UFPA, CENTRAL DE MOVIMENTOS POPULARES (CMP), CENTRO POPULAR DE APOIO À CIDADE, COLETIVO JOVEM DE MEIO AMBIENTE, COLETIVO MARIAS, COLETIVO ROSA ZUMBI, CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA 10, CONSTRUÇÃO COLETIVA SOUFRAN, CONSULTA POPULAR, CSP-CONLUTAS CST CTB CUT, DCE – UNAMA, DEPUTADO EDMILSON RODRIGUES, FEDERAÇÃO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL DE HISTÓRIA, FEDERAÇÃO MUNICIPAL DAS ENTIDADES DE CASTANHAL – FEMECA, FEDERAÇÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES DE ENSINO TÉCNICO, FEDERAÇÃO PARAENSE DOS ESTUDANTES DO ENSINO TÉCNICO, GEMPAC, GMB, GRÊMIO ESTUDANTIL A FORÇA DA JUVENTUDE (RUTH ALMEIDA), GRÊMIO ESTUDANTIL CABANAGEM (IFPA), GRÊMIO ESTUDANTIL CEPAP, GREMIO ESTUDANTIL DOROTHY STANG (MAF), GRÊMIO ESTUDANTIL FILHOS DA REVOLUÇÃO (ANTONIO GONDIM LINS), GRÊMIO ESTUDANTIL DO HILDA VIEIRA, GRÊMIO ESTUDANTIL LUCY CORREA, GRÊMIO ESTUDANTIL NPI, GRÊMIO ESTUDANTIL SONIA ANGEL (INTEGRADO), GRÊMIO ESTUDANTIL ULISSES GUIMARÃES, GT JUVENTUDE FAOR JUNTOS LEVANTE POPULAR DA JUVENTUDE, MOVIMENTO DE ATINGIDOS PELA MINERAÇÃO (MAM), MOVIMENTO DE ATINGIDOS POR BARRAGENS, MOVIMENTO HIP HOP, MOVIMENTO LUTA DE CLASSES, MOVIMENTO LUTA POPULAR, MOVIMENTO MULHERES EM LUTA, MOVIMENTO XINGU VIVO, MRS, MST PAJEÚ – RESISTÊNCIA EM MOVIMENTO, PASTORAIS SOCIAIS, PCR, PSOL, PSTU, OAB/PA, RADIO AQUATUNE, RADIO CABANA, REDE DA JUVENTUDE PELO MEIO AMBIENTE (REJUMA), REDE EDUCAÇÃO CIDADÃ (RECID), SECRETARIADO DA CONFERENCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL – REGIONAL NORTE II, SIND. TRAB. CONSTRUÇÃO CIVIL, SINDICATO DOS TRABALHADORES EM LIMPEZA URBANA, SINDTIFES, SINTSEP, UBES, UMES, UNE, UNIÃO DA JUVENTUDE REBELIÃO, UNIÃO DOS ESTUDANTES SECUNDARISTAS DE BELÉM, UNIDOS PRA LUTAR, VAMOS À LUTA, VEREADOR CLEBER RABELO, VEREADOR FERNANDO CARNEIRO, VEREADORA MARINOR BRITO.

2 comentários:

ALE disse...

E O DESCASO MAIOR E O CONCURSO C-154-SEDUC-PROFESSORES VAI VENCER OS QUATRO ANOS E NADA DE CHAMAREM OS CONCURSADOS ENQUANTO ISSO GRITAM DE ALEGRIAS O TEMPORARIO QUE ESTAO EM NOSSAS VAGAS.......... VAMOS A LUTA, PARECE QUE O POVO E ACOMODADO MSM E ASSIM ESPERAM OUTRO CONCURSO P ELES ARRECADAREM MILHÕES E FICAR NESSA MESMA SACANAGEM DE NAO CHAMAR NINGUEM MSM E ASSIM VAI LEVANDO O NOSSO DINHEIRO ...........

musicas pra recordar? roberto santos disse...

e uma vergonha o que a prefeitura ta fazendo com os concursados,ta enganando o povo com falta de recursos....