Em reunião com o presidente da Associação dos
Concursados do Pará, José Emílio Almeida, realizada na tarde desta
segunda-feira (21), os excedentes do concurso público promovido pela Polícia
Militar do Pará decidiram realizar uma manifestação de protesto em frente ao
Centro Integrado de Governo (CIG), na Avenida Nazaré, em Belém.
A manifestação ocorrerá nesta terça-feira (22) e terá
início às 9 horas da manhã.
Excedentes são os candidatos aprovados em todas as
etapas do concurso, desde a Prova Objetiva até o Psicotécnico, passando pelo
Teste de Aptidão Física (TAF) e o exame médico. Ao todo, 233 pessoas, sendo 189
homens e 44 mulheres, encontram-se nesta condição.
No CIG, os concursados tentarão uma audiência com o
governador do Estado, Simão Jatene, a quem pretendem pedir a inclusão dos
mesmos no Curso de Formação de Soldados da Policia Militar, cuja aula inaugural
ocorrerá no dia 8 de novembro deste ano.
Apesar da grande necessidade de aumento no efetivo
da segurança pública no estado, o Concurso Público 001/PMPA/2012, ofertou
apenas duas mil vagas para soldados, sendo 1.800 para homens e 200 mulheres.
Segundo levantamento publicado pela imprensa
nacional, o Pará é o terceiro estado mais violento do país, sendo Belém a 10ª
cidade mais violenta do mundo. Conforme dados da ONU, para garantir a segurança
da população, o Pará deveria ter, pelo menos 30 mil policiais, sendo um
policial para cada 250 habitantes. Mas, atualmente, a PM do Pará é composta por
apenas 13 mil soldados, parte deles envolvidos em tarefas administrativas. Além
do mais, por conta de um convênio assinado recentemente, 600 policiais serão
transferidos para atividades de apoio ao Departamento Estadual de Trânsito, o
DETRAN.
Convocar excedentes para a Polícia Militar é comum
em diversos estados do Brasil. No Maranhão, por exemplo, a PM chamou 1.000
pessoas do quadro de reserva do último certame realizado naquele estado.
O resultado final do concurso da Polícia Militar do
Pará foi publicado no dia 23 de setembro, quando 1.910 candidatos foram
considerados aptos para matrícula no Curso de Formação. Conforme o edital do
concurso, o período de matrícula começou no dia 15 e terminará no dia 25 de
outubro. Existe a possibilidade de que 200 vagas sejam abertas durante o
período de matrícula, devido a muitos candidatos estarem com idade acima do
limite previsto no edital, que é de 27 anos, além da falta de documentação. A
publicação da lista dos matriculados está prevista para ser divulgada no dia 25
de outubro.
Apoio e sarcasmo
Em busca de apoio para as suas reivindicações, os
concursados já recorreram a várias instituições. Na Assembleia Legislativa do
Estado, foram recebidos pelos deputados Edmilson Rodrigues (PSOL), que garantiu
apoio jurídico e prometeu enviar requerimento solicitando uma Sessão Especial
para discutir a situação dos excedentes da PM e a necessidade de aumento do
efetivo da Segurança Pública no Estado.
Ainda na Alepa, o grupo foi também recebido pelo
presidente da Casa, Márcio Miranda, que os encaminhou, através de ofício, para
conversarem com o Comandante Geral da Polícia Militar, o coronel Daniel Borges
Mendes.
No Comando da PM, os concursados foram recebidos pelo
coronel Piedade, que os tratou com rispidez e fez questão de elogiar o período
da ditadura militar, cujos “governos foram os mais honestos e eficientes que o
Brasil já teve”. Piedade também alegou a impossibilidade de convocação dos
excedentes por não ter espaço físico na Polícia Militar e também porque,
segundo ele, a secretária de Administração, Alice Viana não autorizaria por
falta de orçamento.
Sarcástico, Piedade, ao saber que os candidatos
foram encaminhados ao Comando da PM pelo deputado Márcio Miranda, sugeriu que
Miranda diminuísse a quantidade de deputados na ALEPA.
Outra instituição a quem os concursados recorreram
foi a Defensoria Pública do Estado, que enviou ofício para o Comando Geral da
PM, solicitando transparência no Concurso Público, e pedindo para que não seja
aberto um novo certame no período de um ano, tempo para que a PM convoque os
excedentes.
Eles também foram à Secretaria de Estado de
Segurança Pública, onde o tenente-coronel Alisson lhes garantiu que marcaria
uma reunião com o delegado Luiz Fernandes, titular da Secretária. Mas essa
reunião nunca ocorreu.
O objetivo dos concursados agora é conversar
diretamente com o governador Simão Jatene, a quem pretendem convencer da
importância dos excedentes para a Segurança Pública do Estado.
Um comentário:
JÁ NA FUNDAÇÃO CARLOS GOMES, QUEM TEM DIREITO A VAGA TÁ SOBRANDO.
A Fundação Carlos Gomes tem uns servidores efetivos "não estáveis" como técnico de nível superior, estes OCUPAM OU NÃO o lugar de três aprovadas no concurso público para o Carlo Gomes, nos cargos de Técnico de Administração e Finanças, cargo de nível superior la na Fundação, FALTA SEREM NOMEADAS:
- 02 (duas) Assistentes Sociais;
- 01(uma) Pedagoga.
Sendo que em 2009 essas vagas foram criadas PELA LEI 7.310, DE 07 DE OUTUBRO DE 2009, publicado no DOE-PA Nº 31.522, de 09/10/2009, (DUAS VAGAS PARA A. SOCIAL E DUAS VAGAS PARA PEDAGOGIA) gostaria de saber o porquê de tanto mistério para nomearem essas três aprovadas no concurso para esta FCG. Será que essas candidatas terão que recorrer ao Ministério Público, para impetrar mandato de segurança.
Superintendente Paulo José Campos De Melo, faça o certo.
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