quinta-feira, 17 de outubro de 2013

INSS: suspeita de fraude e troca de provas em concurso



Candidatos inscritos no concurso público do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) enfrentaram problemas em dois locais de realização de prova, em Belém. Os exames foram aplicados na tarde do último domingo (13), em todo Brasil, mas na capital paraense ocorreram situações de suspeita de fraude e provas trocadas.
A Polícia Federal, por meio da Superintendência Regional em Belém, investiga a denúncia feita por candidatos lotados para fazer a prova no Colégio Visconde de Souza Franco, localizado na Avenida Almirante Barroso.  De acordo com informações da PF, os candidatos relataram que, em uma das salas, no momento da abertura dos malotes com as provas foi observada uma possível violação dos envelopes, fato que gerou protesto da maioria dos concorrentes.
Acionada pelos candidatos, a Polícia Federal foi ao local e recolheu os envelopes. Inicialmente a PF trabalha com a possibilidade de o envelope ter sofrido desgastes em suas extremidades, devido o transporte dos pacotes no trajeto do Rio de janeiro para Belém. Contudo, o referido envelope foi encaminhado ao Setor Técnico Científico da Polícia Federal (SETEC) para exames e a elaboração de laudo pericial. Em nota enviada ao DOL, a Polícia Federal disse não ter estipulado data provável para a emissão do resultado desta análise. 

Troca
Outro problema com o concurso do INSS ocorreu na Escola Estadual Paulino de Brito, também em Belém. Os candidatos que fariam provas em duas salas no primeiro andar, concorrendo ao cargo de Analista em Tecnologia da Informação (cargo número 11, de acordo com o edital), foram surpreendidos ao receberem provas para outro cargo, o de Arquiteto.
O concurseiro Diego Santos, 30 anos, analista de TI, estava em uma das salas onde a prova foi trocada. “Percebemos que algo estava errado no momento em que os fiscais de sala distribuíram os cadernos de questões, isso mais ou menos faltando uns 10 minutos para o início do certame”, relata.
De acordo com o Diego, a situação foi registrada em ata, mas os candidatos saíram do local sem saber quando e se poderão fazer uma nova prova. “Depois de 60 minutos sem posicionamento algum, a coordenação local entrou na sala informando que a coordenação geral do RJ tinha solicitado o recolhimento dos cartões ópticos e que em momento posterior iriam entrar em contatos com os candidatos para um posicionamento, mas que o ocorrido seria registrado em Ata de Prova”, conta.
Sem poder prestar o concurso, no mesmo dia um grupo de 19 candidatos se dirigiu à seccional de São Brás, onde foi registrado Boletim de Ocorrência relatando a troca das provas. Procurada pelo DOL, a Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência (Funrio) comunicou, via e-mail, que “emitirá nota oficial assim que tiver uma posição fechada juntamente com o INSS sobre o assunto”.

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