A Associação dos
Concursados do Pará realizou, nesta quarta-feira (2), um ato de protesto
durante a inauguração do Hospital Público Estadual Galileu, localizado na Rodovia
Mário Covas, em Ananindeua. A manifestação teve por objetivo denunciar o
descaso do governo do Estado com os aprovados no Concurso Público C-153,
promovido em 2010 pela Secretaria de Estado de Saúde pública – SESPA e que, no próximo
dia 22 de abril perderá a validade.
Os concursados reivindicam
a nomeação de, pelo menos, 1.000 candidatos aprovados no cadastro de reserva do
concurso, entre os quais enfermeiros, sociólogos, assistentes sociais,
nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, administradores,
técnicos em enfermagem, assistentes sociais e agentes de portaria.
Uma guarnição da Policia
Militar impediu a presença dos concursados na calçada em frente ao hospital,
obrigando os manifestantes a ocuparem o canteiro central da rodovia.
O forte esquema de segurança
contava com viaturas da Rotam com, pelo menos 30 policiais fortemente armados, cerca
de 60 guardas municipais da Prefeitura de Ananindeua, além de cães treinados da
Policia Militar.
No estacionamento do
Hospital, local onde ocorreu a cerimônia de inauguração, patrocinada pelo
governo do Estado, havia dois enormes palcos cobertos, onde grupos de dança
folclórica se apresentavam ao som de músicas tocadas por alunos de uma escola
municipal. O lugar estava lotado de políticos e convidados do governador, entre
eles, amigos e familiares de autoridades, centenas de servidores comissionados
e temporários, pastores da Igreja Assembleia de Deus, entre outros.
A cada discurso, os
concursados vaiavam e gritavam palavras de ordem, como “mentiroso”, “puxa-saco”,
“fora DAS”, e “queremos a nossa nomeação”.
Segundo o próprio
governo, R$ 10 milhões de reais foram gastos na construção do Hospital Galileu,
que ofertará apenas 120 leitos, que serão ocupados por pacientes encaminhados
pelos hospitais Metropolitano, Gaspar Viana e Abelardo Santos. Ninguém será
atendido se for direto ao hospital.
OS
Uma das grandes beneficiadas com a construção deste hospital é uma entidade da Igreja Assembleia de Deus, chamada Associação Amazônica Evangélica (AAME), que conseguiu alugar, o que antes era um simples barracão, por cerca de R$ 1,5 milhão anuais.
OS
Uma das grandes beneficiadas com a construção deste hospital é uma entidade da Igreja Assembleia de Deus, chamada Associação Amazônica Evangélica (AAME), que conseguiu alugar, o que antes era um simples barracão, por cerca de R$ 1,5 milhão anuais.
Outra beneficiada é a suspeita
Pró-Saúde, empresa de São Paulo, que novamente é escolhida por Simão Jatene para
gerir hospitais públicos, sem gastar um único centavo. O Galileu é o 5º
hospital que a OS vai administrar no Pará, apesar de ter as contas rejeitadas
pelo TCE.
Para o presidente da Asconpa, José Emílio Almeida, a opção do governador em entregar mais este hospital à direção de uma empresa privada, tem também a intenção de inviabilizar a admissão de servidores concursados. O Galileu “é um hospital público que deveria ter uma gestão pública, mas é privada. O servidor deveria ser público, mas contrataram temporários. Enquanto que nós somos pelo menos mil concursados esperando nomeação. Enfermeiros, assistentes sociais, inclusive agentes de portarias que estão perdendo a vaga para empresas terceirizadas contratadas pelo governo”, disse Emílio aos repórteres presentes à cerimônia.
Passeata
Na próxima segunda-feira, dia 7 de abril, às 10 horas da manhã, os concursados voltam a protestar para denunciar a indiferença do governo do estado, em passeata, que sairá do antigo prédio da SESPA, na Avenida Conselheiro Furtado e que seguirá até o gabinete do secretário Hélio Franco, na Avenida Padre Eutíquio, em Belém.
Para o presidente da Asconpa, José Emílio Almeida, a opção do governador em entregar mais este hospital à direção de uma empresa privada, tem também a intenção de inviabilizar a admissão de servidores concursados. O Galileu “é um hospital público que deveria ter uma gestão pública, mas é privada. O servidor deveria ser público, mas contrataram temporários. Enquanto que nós somos pelo menos mil concursados esperando nomeação. Enfermeiros, assistentes sociais, inclusive agentes de portarias que estão perdendo a vaga para empresas terceirizadas contratadas pelo governo”, disse Emílio aos repórteres presentes à cerimônia.
Passeata
Na próxima segunda-feira, dia 7 de abril, às 10 horas da manhã, os concursados voltam a protestar para denunciar a indiferença do governo do estado, em passeata, que sairá do antigo prédio da SESPA, na Avenida Conselheiro Furtado e que seguirá até o gabinete do secretário Hélio Franco, na Avenida Padre Eutíquio, em Belém.
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