Para não efetuar as nomeações do concursados aprovados nos certames realizados pelo próprio governo do Estado, Ana Júlia Carepa e seus assessores tinham como hábito culpar a queda na arrecadação estadual, provocada pela crise mundial da Economia. O problema, que ao que parece afetou também o bom senso dos governantes petistas, os impedia de "gastar" na nomeação dos concursados, mas não para contratar servidores temporários, inclusive para cargos já destinados aos aprovados nos concursos públicos.
Diante da evidente incoerência entre o discurso oficial e as reais ações do governo, a Associação dos Concursados do Pará, recorreu ao Ministério Público Estadual (MPE), ao Ministério Público do Trabalho MPT) e ao Tribunal de Justiça do Estado (TJE), realizando dezenas de atos públicos, manifestações e passeatas, muitas delas com a interferência do Batalhão de Choque da Policia Militar.
Também recorremos a Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), onde os deputados Junior Hage e Arnaldo Jordy, da oposição ao governo do PT, sensibilizados com a nossa situação, realizaram uma Audiência e Pública e uma Sessão Especial, a fim de debater a questão. Tivemos também o apoio do senador José Nery, da senadora eleita Marinor Brito, do ex-prefeito Edmilson Rodrigues, da OAB, e do Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública do Pará (SINTEPP).
Foram, pelo menos, três anos de incessante refrega contra secretários do governo petista. Nessas ocasiões assessores do governo chamavam policiais da Tropa de Choque da PM para nos dispersar, lançando jatos de sprays de pimenta nos nossos olhos e, sem dó, batendo com cassetetes nas nossas costas.
Mas, graças à coragem e a persistência dos concursados, mesmo após toda a violência sofrida, milhares já foram convocados e, hoje, trabalham nos órgãos da administração pública que escolheram.
Novo governo, velha política
Após a derrota de Ana Júlia Carepa nas urnas eleitorais, resposta da sociedade paraense a uma administração pífia de resultados, indiferente aos direitos das pessoas e extremamente arrogante no trato com todos, vemos que ainda restam em torno de cinco mil concursados, todos aprovados dentro do número de vagas ofertadas nos concursos, para serem nomeados.
No entanto, mal começa o seu mandato, o governador Simão Jatene, já dá sinais de indiferença à situação. Já notamos que nas entrevistas que dá, o governador evita a todo custo mencionar duas palavras: “associação” e “concursado”.
Pelo menos cinco tentativas para uma simples audiência com o governador, não tiveram nenhuma resposta. E assim fazem os seus secretários e assessores. Muitos nem sequer atendem às nossas ligações.
O presidente da Asconpa, José Emilio Almeida, esteve numa das coletivas dadas pelo governador à imprensa, na tentativa de abordá-lo. Teve contato apenas com o deputado Zenaldo Coutinho, escolhido para chefiar a Casa Civil. Uma audiência foi pedida, mas ainda está sem data marcada.
Ao tentar entrar em contato com o novo secretário de Educação, Nilson Pinto, fomos atendidos por um assessor. Lá, o secretário "mandou dizer" que, por ainda desconhecer os números do Órgão, não poderá nos atender. Paulo Chaves, da Secult, nem sequer manifestou interesse em tratar da situação.
Nós, da Associação dos Concursados do Pará, já conhecemos esse tipo de tratamento, e sabemos onde vai dar. Por isso, mantemos a nossa disposição de lutar por cada um dos nossos direitos, enfrentando o governo de Jatene com a mesma disposição e coragem que enfrentamos o governo de Ana Júlia.
5 comentários:
Quero ver começar a pressionar, fazer protestos logo nos primeiros meses. Tem q radicalizar! Na Funtelpa novo sec de Comunicação quer anular o concurso, sabiam dessa?
O PT deveria se envergonhar por um governo tão desastroso e criminoso como o que foi feito no Pará. Quem diria que o PT das antigas lutas deixaria de lutar pela causa dos trabalhadores e se colocaria a serviço do crime organizado para roubar os cofres públicos. Do Jatene podemos esperar o velho Neoliberalismo Tupiniquim, contra a classe dos trabalhadores. As primeiras contratações da Santa Casa e da UEPA já sinalizam como vai ser o novo governo: Tira a "cambada" da Ana Júlia e coloca a velha "cambada" do PSDB.
infelizmente a politica da direita, é essa deixar temporario. ou seja trabalhadores sem direitos, ficando como vaquinha de presepio, votando neles, como fizeram com os antigos temporario pessoas, seres humanos com 12, 15 e ate 21 anos como temporario, e o que o MPE fizeram NADA, se fosse do PT estavao pertubando. Mais Pelo menos o PT fez concursos e chamaram, digo mais ate do Dele foi chamado LEMBRAM o C 105. Agora o jeito é manifestações
!!isso é uma vergonha!!! sou de viseu- PA interior do estado, não tenho como me deslocar a Belém, para junto com vcs manifestar a minha insatisfação de está esperando dois anos por minha nomeação e enquanto isso temporários não paravam de ser contratados!!! quero deixar o meu apoio a classe do concursados e dizer que a luta não pode parar!!! estarei entrando com mais uma ação no Ministério Público com uma ação juntamente com outros compnaheiros!!!! espero que surta efeito!!! avante!!!
Novidade essa de quererem anular...é porque esse secretário não tem a capacidade de passar em concurso algum e por isso quer fazer isso...esse Jatene já vai começar a se queimar feio...o povo já não é mais besta!
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