Simão Jatene agrava a angústia dos concursados ao contratar temporários

Atualmente, cerca de 5.800 concursados esperam suas convocações, para 23 órgãos da administração pública do Estado. Esse número deve cair para cerca de 4.300 pessoas, se todas as 1.523 nomeações anunciadas em março, forem efetivamente transformadas em posse. Mas para isso é necessário que o governo publique os decretos com as nomeações tornadas sem efeito.

Como se pode ver, são milhares de pessoas angustiadas por não poderem ter acesso a direitos adquiridos legalmente, depois de concorridas provas de seleção. Gente que investiu valiosos recursos financeiros, submetendo-se também ao sacrifício de ter que se afastar do convívio familiar para melhor se prepararem.

A demora em nomear os aprovados nos concursos públicos, não causaria nenhuma angústia aos aprovados se Simão Jatene, da mesma forma, não contratasse servidores comissionados e temporários. Essas prestações de contas pelo apoio que recebeu na campanha, pagos com dinheiro público, são um menosprezo a cidadãos honestos que batalham para sustentar suas famílias.

As freqüentes contratações de temporários são provas suficientes de que não passa de invencionice, a alegação de Simão Jatene de falta de recursos para, de uma vez por todas, nomear os concursados. Somente para a SESPA, órgão que ainda tem dois concursos públicos abertos, já ingressaram centenas de pessoas sem concurso. Na SEDUC, milhares ainda não foram nomeados, mas as contratações de temporários são quase diárias. Está tudo registrado no Diário Oficial do Estado.

É preciso lembrar que todo esse deboche com os direitos dos concursados teve início na desastrada e arrogante administração da ex-governadora Ana Júlia Carepa (PT). Obrigada a realizar concursos públicos, em obediência a Constituição Federal, Ana Júlia cumpriu apenas parte do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), proposto pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Assim, ela realizou concursos, mas não nomeou todos os aprovados. E os que foram nomeados, só foram após irem às ruas, gritar pelos seus direitos. E, o que deveria ter sido feito em sua administração, deixou para a seguinte. Em consequência, grande parte dos aprovados ainda aguarda convocação.

A absurda indiferença desses governantes em relação aos concursados não ficará impune.
A Associação dos Concursados do Pará já está impetrando, na Justiça, diversos mandados de Segurança, através dos quais pretende garantir a posse de todos concursados.