Enquanto isso, milhares de concursados esperam por nomeação |
O governador do Pará, Simão Jatene
(PSDB), tem ao menos sete familiares, além da ex-mulher e da ex-cunhada, em
cargos de confiança no Executivo, no Legislativo e no Judiciário do Estado.
Todos esses cargos são preenchidos sem
concurso.
Nas folhas de pagamento há, por
exemplo, filho, nora, genro e cunhada. Somados, os salários ultrapassam R$ 100
mil mensais.
Segundo especialistas ouvidos pela Folha, esses casos não se enquadram
diretamente na súmula vinculante do STF (Supremo Tribunal Federal) que vetou o
nepotismo na administração pública.
Isso porque um órgão fora do Executivo
pode nomear parentes do governador, desde que ele não retribua dando, em troca,
emprego a um parente do chefe daquele órgão, o que seria considerado nepotismo
cruzado.
No Pará, essas nomeações acompanham o
crescimento da hegemonia do PSDB local.
A lista de indicações aumentou com a
recente eleição de Zenaldo Coutinho (PSDB) para a Prefeitura de Belém.
A ex-mulher Heliana Jatene assumiu o
comando da Fumbel (Fundação Cultural de Belém), e a cunhada Rosa Cunha, a
Companhia de Desenvolvimento da Área Metropolitana. Ambas com salário de R$ 15
mil.
Filhos
Um dos indicados é o filho do governador,
Alberto Jatene, que ganha R$ 14 mil como assessor jurídico do Ministério
Público do Tribunal de Contas dos Municípios.
A procuradora-chefe do órgão, Elisabeth
Massoud, é vizinha da família do governador em uma casa de praia.
Alberto, que ocupou cargos de confiança
em outros órgãos, afirma que há um "extremo" na proibição de
parentes. "O sobrenome virou uma chaga. Papai me diz: 'Beto, eu queria te
ter aqui me assessorando, mas não dá'".
A nora do governador, Luciana Jatene,
mulher de Alberto, é coordenadora do gabinete do desembargador Cláudio
Montalvão das Neves, com salário de R$ 10 mil no Tribunal de Justiça do Pará.
Esse caso foi investigado pelo TJ porque
a mulher do desembargador, Rosa das Neves, virou assessora especial do governo
paraense em 2011. O procedimento foi arquivado após o TJ entender que não houve
o nepotismo cruzado.
Outro caso parecido é o do sobrinho do
governador, Simão Tomaz Jatene, assessor do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
desde maio de 2011. O filho do senador, Flexa Filho, se tornou assessor
especial do governo em fevereiro de 2011.
Já a filha do governador, Izabela Jatene,
coordena o principal programa do governo do Estado na área de segurança, o
ProPaz. O cargo não é remunerado, mas permite que ela comande o programa e
continue com o salário da Universidade Federal do Pará, da qual é professora.
Outro lado
O governador do Pará, Simão Jatene,
afirmou, via assessoria, que nenhum dos casos configura nepotismo ou nepotismo
cruzado.
Segundo a assessoria, Alberto Jatene
(filho), Luciana Jatene (nora) e Ricardo de Souza (genro) atuam em funções
compatíveis com suas formações profissionais e trabalhavam nas repartições
antes de Jatene assumir, em 2011.
No caso de Luciana, o governo afirma que
o Conselho Nacional de Justiça concluiu que não há nepotismo cruzado "por
não haver contemporaneidade nas nomeações".
A assessoria diz que Izabela Jatene foi
requisitada pelo ProPaz "por seu grande conhecimento e experiência".
A UFPA (Universidade Federal do Pará)
afirma que ela continua exercendo atividades na universidade.
O governo diz que André Cunha tem
"vasta experiência, tendo inclusive trabalhado no Ministério da
Justiça".
Cunha afirma que é policial militar de
carreira, graduado em direito e que não é próximo da primeira-dama.
8 comentários:
Que bom que já está a nivel nacional as informações da falta de respeito com o povo paraense! Eu quero que eles saibam que nós, da ASCONPA estamos dispostos a lutar por TODAS as nossas vagas e cargos que são ocupados por essas pessoas indicadas de forma irregular e absurda!
JULIO:
" REALMENTE É UM NEPOTISMO CRUZADO BEM CAMUFLADO TANTO NO ESTADO, QUANTO NO MUNICÍPIO!!!" FALTA O MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO INVESTIGAR, PORQUE O 'MPE' ESTÁ NESSE BOLO DE CORRUPÇÃO!!!
MP e TJE dois órgãos de merda e corruptos.
JULIO:
GENTE ESSE PAPO DO ESTADO E O MUNICÍPIO NÃO TER "ORÇAMENTO" PRA NOMEAR OS CONCURSADOS, É UMA 'TREMENDA SACANAGEM', UMA VEZ QUE É ARRECADADO MUITO DINHEIRO COM AS INSCRIÇÕES DOS CONCURSOS. COMO O JATENE E O ZENALDO VÊM DIZENDO QUE NAO TEM ORÇAMENTO PRA NOMEAR OS CONCURSADOS, AGORA, ELES TÊM ORÇAMENTO PRA NOMEAR OS 'DAS'.
Esse é o motivo pelo qual não quer nomear os concursados, se chamar os concursados como é q eles vão colocar os peixinhos!!!!
ser prefeito e nomear o irmão como secretario de administração, não é nepotismos???? que país é esse????
Égua dá até medo lê a reportagem de ttanta cara de pau que tem essa gente. Imagine se fosse um "pobre coitado"fazendo esse tipo de coisa, quantos orgão de justiça iriam atrás do "zé mané"!!É muito descaramento essa gente fazer isso, a cara nem treme. Ete PARÁ Paid'égua!!!
ainda falta é muito nomes! Luiz Carlos Chaves Cunha..irmão da 1° dama..assumiu cargo de Chefia no TJPA...só olhar na lista telefonica do Tj disponibilizada no portal
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