quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Governo estabelece regras rigorosas para a frequência dos servidores da Fundação Carlos Gomes. Mas DAS são poupados.

Através da portaria veiculada no Diário Oficial do Estado, o superintendente da Fundação Carlos Gomes, Paulo José Campos de Melo, decidiu cobrar com mais rigor a frequência dos servidores do órgão, instalando ponto digital para aferir a entrada e a saída dos funcionários. Segundo Melo, as novas regras visam "atualizar os procedimentos administrativos referentes à jornada diária de trabalho e frequência dos servidores da Fundação Carlos Gomes".
As medidas, no entanto, desagradaram os servidores efetivos do órgão, que, desde que foram nomeados, sofrem assédio moral, praticado por chefias contratadas sem concurso público.
Segundo os concursados do órgão, as novas regras não serão aplicadas para os servidores comissionados (DAS), que, tal como Campos de Melo, amigo pessoal do governador Simão Jatene (PSDB) "chegam a hora que bem entendem, sem compromisso nenhum com os horários de trabalho".
Entre os DAS da Fundação estão diretores, coordenadores, assessores, secretários e professores contratados para ministrarem aulas de música, escolhidos à dedo pelo próprio superintendente, todos dispensados de registrar entrada e saída.
Além do cargo de superintendente, com direito a sete assessores, a Fundação Carlos Gomes possui quatro diretorias, que têm sob seus comandos, pelo menos, vinte outros assessores legalmente contratados, mas sem concurso público.
Em 2013, a Associação dos Concursados do Pará ameaçou ajuizar ação contra o superintendente da Fundação Carlos Gomes, pela demora em nomear os 61 aprovados no Concurso Público C-166, homologado em 20 de setembro de 2012. A ação só não foi ajuizada porque o governo se antecipou e nomeou os aprovados.
Na ocasião, o presidente da Asconpa, José Emílio Almeida, protocolou, na Promotoria de Justiça de Direitos Constitucionais e Patrimônio Público do Ministério Público do Estado - MPE-PA, denúncia da prática de Nepotismo com contratações de parentes para cargos comissionados e temporários na Fundação. A denúncia havia sido feita à Asconpa por um grupo de concursados recém-nomeados no órgão, que também denunciavam estar sofrendo assédio moral, praticado familiares de dirigentes ocupavam cargos de chefia no órgão.
Para Emílio, a instalação o ponto digital na FCG, tem por objetivo explorar e humilhar ainda mais quem escolheram a instituição para servir à população como trabalhadores legalmente contratados através de concurso público.

5 comentários:

Anônimo disse...

O ponto digital séria uma boa ideia se todos, sem exceção, passasse o dedo no mesmo.
Os diretores e o próprio superintendente vai lá rapidinho.
Ele chega num carro Jetta preto, cedido pelo governo, conversa e sai.
O absurdo é que o ponto fica na fundação e os servidores do Instituto tem que ir lá para passar o dedo, e quando chover como vai ficar o caso dos cumpridores de horário, no caso os aprovados no concurso público, somos constantemente humilhados, agora somos obrigados a ter q passar o dedo, comprovando cumprir horário, com risco de descontaram nos nossos poucos vencimentos.

Pergunto e os professores, coordenadores, acessores, secretários, diretores e o Superintendente, porque também não devem passar o dedo e cumprir todo o seu horário, se todos cumprirem, ai sim iremos ter isonomia e ética no serviço público do Estado.

Paulo José Campos de Melo, os servidores concursados não São bananais e muito menos escravos, somos servidores do Estado do Pará. Nós respeite, pois não iremos ficar calados.

Anônimo disse...

Esta regalia não é somente nesta instituição, na FUNTELPA também adota-se o ponto digital só para os efetivos, os DAS tem carta branca ou seja trabalham quando bem entendem.
OU seja concursado não tem direitos somente obrigações.
Este é o governo do Pará.

Anônimo disse...

Que vergonha para o superintendente!!!!

Anônimo disse...

Já trabalhei no Instituto Carlos Gomes, péssimo ambiente de trabalho, perseguição e humilhação a servidores ocorrem diariamente, muito assédio contra os temporários do operacional. Com a ida dos concursados muitos coordenadores que não passarão no concurso, ficarão com raiva dos que foram aprovados, por isso que foi colocado esse ponto digital, unicamente para força os concursados a andar na risca. Os comissionados entram e saem a hora que querem pois ninguém é obrigado a cumprir horário, o primeiro que nem vai no Instituto Carlos Gomos é o superintendente Paulo Campos. O Carlos Gomes é um lugar podre para se trabalhar.

Anônimo disse...

Na FUNTELPA não é diferente existem muitos cargos de DAS que são poupados, na verdade esta exigência de controle de gasto na administração pública não atingiu esta fundação que continua cheia de apadrinhados, comadres, sobrinhos, cunhada.............enfim, nepotismo evidente. O pior que ainda são privilegiados.