Sintepp insiste em tentar ignorar luta por nomeação dos concursados da Educação Especial

É de lamentar, a forma arrogante e apática como o Sintepp reiteradamente trata, através da sua página oficial e no Facebook, a luta, por nomeação, dos aprovados no Concurso Público C-167, promovido há três anos pela Seduc, para a modalidade Educação Especial.

Tem sido cada vez mais contumaz, nos textos divulgados pela entidade, a indiferença com os verdadeiros fatos, na fria tentativa de minimizar a questão, que tem afligido os aprovados no referido concurso público. No entanto, apesar do recorrente menosprezo, há sempre, ao final dos seus artigos, a "defesa da realização dos concursos e das nomeações dos aprovados".

A mais recente demonstração de tentar desqualificar a luta travada pela Associação dos Concursados do Pará contra o tirânico governo do Estado, está publicada no site da entidade, quando informa que, na assembleia da categoria ocorrida na tarde desta sexta-feira,dia 29 de outubro, na Escola Cordeiro de Farias, em Belém, "representantes da Asconpa falaram em relação do ultimo concurso ofertado pela Seduc". Percebe-se aí a mesquinha tentativa de omitir a presença, na assembleia, do presidente da Asconpa, José Emílio Almeida, funcionário concursado da Seduc, filiado ao Sintepp e componente da base sindical, sem cargo na coordenação.

Na assembleia, Emílio anunciara para toda a categoria presente, que os aprovados no Concurso Público C-167 haviam acabado de participar de reunião com o juiz Elder Lisboa, o qual deu maiores explicações sobre a sua decisão de afastar os professores em desvio de função da Educação Especial, com o objetivo de garantir a nomeação dos concursados.

Para o presidente da Asconpa, o menosprezo do Sintepp tem explicação: a entidade defende, de forma intransigente e, ao mesmo tempo inconcebível, a permanência dos servidores irregulares, os quais há anos ocupam as vagas destinadas aos aprovados no concurso.

A luta dos aprovados na Educação Especial tem sido uma das mais duras batalhas contra o governo dos tucanos, que através da Procuradoria Geral do Estado (PGE), entrou com recurso na Justiça contra ação impetrada pelo Ministério Público do Estado, ajuizada após dezenas de denúncias de irregularidades, demora nas nomeações e descaso da Seduc.

O que a direção majoritária do Sintepp, responsável por este comportamento plangente, ainda não percebeu, é que a presente hostilidade em relação à luta dos concursados tem causado grande decepção entre aqueles que, graças a atuação da Justiça e a luta da Associação dos Concursados do Pará, estarão em breve ocupando os cargos conquistados há três anos, com muito esforço, quando da aprovação no concurso.

"A nossa disposição é lutar incansavelmente contra o governo, não permitindo, inclusive, que o Sintepp diminua a importância da nossa luta", asseverou o presidente da Asconpa.