Tomando como base Súmula 473, do Superior Tribunal Federal (STF) além de denúncias de candidatos, protocoladas no Ministério Público do Estado (MPE), comprovando a participação de um avaliador do Teste de Aptidão Física (TAF), referente ao último Concurso Público da Polícia Militar do Pará, o qual teria também ministrado aulas em cursos preparatórios para o exame, a Secretaria de Estado de Administração (SEAD) divulgou em nota, hoje (18), a anulação do referido TAF.
O exame, realizado em dezembro de 2016, teve a participação de 3.414 candidatos e ocorreu nos municípios de Belém, Marabá, Altamira e Santarém. Mais de 105 mil candidatos concorrem às 2.194 vagas ofertadas pela Polícia Militar do Pará para os cursos de Formação de Praças (CFP), Formação de Oficiais (CFO) e Adaptação de Oficiais (CADO).
A decisão segue determinação da comissão do concurso, formada por servidores da SEAD e PM e da PGE.
Segundo a secretária de Administração do Estado, Alice Viana, "a anulação das provas decorre de uma cautela do Governo do Estado para que não recaia sobre o concurso nenhuma suspeita de irregularidade e para preservar o direito dos candidatos inscritos. Todos os 3414 candidatos que se habilitaram na fase anterior poderão participar do TAF”.
Para o presidente da Associação dos Concursados do Pará, José Emílio Almeida, "a anulação do TAF, apesar de num primeiro momento prejudicar aqueles que já haviam sido aprovados, foi necessária, para garantir a lisura de todo o processo. Mas não podemos esquecer que as responsabilidades pelas irregularidades no exame são do próprio governo que impede a transparência em todos os concursos que promove".
Ainda segundo o governo, na próxima semana será publicado o edital de convocação dos candidatos com novo cronograma para as demais etapas do certame.
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