quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Governo Jatene é incapaz de pensar o futuro


Após estupro de jovem em colonia penal, governo anuncia novos concursos públicos.
Sob dezenas de microfones e câmeras de televisão, o governo do Pará, através do secretário de Segurança Luiz Fernandes, acaba de anunciar a realização de novos concursos públicos para órgãos da Segurança do Estado. Para a Polícia Civil serão ofertadas 500 vagas, divididos entre os cargos de Escrivão, Investigador e Delegado, para a Polícia Militar serão selecionados 2 mil novos soldados e para a Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe), 500 agentes penitenciários.
Segundo informou o secretário, assim que a Secretaria de Administração do Estado concluir o edital será escolhida a instituição que coordenará o processo seletivo. Fernandes declarou também que estes três mil novos servidores, serão fundamentais para a redução da violência no Pará.
Mas para a Asconpa, tudo isso não passa de discurso político, pois já está claro que a grande marca deste governo é a pirotecnia.
Há quase dez meses no comando do governo, Simão Jatene – que, de fato, recebeu em frangalhos da ex-governadora petista Ana Júlia Carepa, sua antecessora, a administração do Estado - já teve tempo suficiente para arrumar a casa. Começando pela nomeação de todos os aprovados nos concursos realizados em 2008, e, inclusive, abrindo novas vagas na área de Segurança Pública. Afinal, o crescimento da violência em todo o Estado, contrapõe-se diretamente ao desaparelhamento da Segurança Pública e ao baixo número de servidores efetivos.
Anunciar a realização de concursos públicos somente depois da divulgação do episódio do estupro da adolescente, cometido por detentos, no interior de uma colônia penal, revela também a incapacidade deste governo de pensar o futuro. Assim, é bem possível que Jatene esteja esperando outras tragédias acontecerem para tomar providências.
Por isso nada leva a crer que esses concursos serão realmente realizados. E se forem, é bem possível que, lá adiante, a quantidade de vagas seja diminuída. Por fim, ninguém garante que todos os aprovados serão nomeados.

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