O Ministério Público do
Estado do Pará (MPE) quer a anulação dos concursos públicos da Polícia Civil
C-169 e C-170, para os cargos de delegado, investigador e escrivão. Uma ação
civil pública foi ajuizada pela 8ª promotora de Justiça de Defesa do Patrimônio
Público e da Moralidade Administrativa, Elaine Carvalho Castelo Branco, com
pedido de liminar contra o Estado do Pará e a Universidade do Estado do Pará (UEPA
Concursos).
De acordo com o MPE,
ação pede a anulação por terem sido constatadas “graves irregularidades no
andamento da seleção”, como a não restrição ao uso de celulares com acesso à internet,
à utilização de relógios digitais dentro da sala de realização das provas, além
da ocorrência de conversas paralelas entre os candidatos.
Outro ponto destacado
pelo Ministério Público é de que não houve a exigência de apresentação de
qualquer documento de identificação dos candidatos em muitos locais. Foi
constatada também a falta de fiscais nos banheiros, o que permitiu diálogos ao
celular sobre a prova nesses ambientes, de acordo com relatos de algumas
testemunhas.
A ação aponta ainda que
vários delegados de polícia estavam presentes como fiscais, mesmo tendo
parentes fazendo provas, representando irregularidade nos princípios da
isonomia e moralidade administrativa.
No primeiro semestre
deste ano o MPE fez recomendações à Secretaria do Estado de Administração (SEAD)
e Delegacia Geral da Polícia, um delas com o mesmo pedido de anulação do
concurso público.
“Surpreendentemente,
entendendo que não havia tido falhas no concurso, a secretária geral da SEAD, Alice
Viana Soares Monteiro, entendeu por bem dar continuidade ao certame mesmo
ciente da recomendação em contrário, limitando-se a afirmar que a realização do
concurso supramencionado ocorreu de acordo com as normas editalícias, daí a
necessidade do ajuizamento da presente Ação Civil Pública para a anulação das
provas do concurso público”, justificou a promotora Elaine Castelo Branco.
Os três concursos, que
integram o mesmo processo seletivo, somam 25 mil inscritos, na disputa das 250
vagas para o cargo de Investigador, 250 para Escrivão, 20 para Papiloscopista e
150 para Delegado. As provas foram realizadas em vários municípios do Estado,
como Marabá e Redenção.
A seleção atual está nas
fases finais e divulgou, há cerca de dez dias, o resultado provisório da 5ª
subfase da 1ª etapa. O concurso da Polícia Civil realizado em 2009 para os
mesmos cargos, inclusive com nomeação e posse de candidatos, foi anulado em
razão de fraudes ocorridas.
Outro lado
Contatada pelo DOL, a Universidade do Estado do Pará (Uepa), por meio de
sua Procuradoria Jurídica, informou que ainda não foi notificada. "Até o
momento não houve citação e nem intimação de nenhuma decisão liminar de ação
civil pública referente ao concurso da Polícia Civil", disse a
organizadora em nota, ressaltando que só irá se manifestar quando houver o comunicado
oficial pela Justiça.
A reportagem também
entrou em contato com a Secretaria de Estado de Administração e aguarda
retorno.
6 comentários:
De novo o mesmo argumento para interromper o concurso. Foram a justiça pedir a suspensão do concurso, que foi negada pelo TJ.
Agora com ACP para anular o concurso.
Que picuinha ridícula entre o MP e a SEAD. O pessoal não passa no concurso e vem com denúncias infundadas. Porque só os que não passaram que perceberam isso? Porque isso não foi denunciado no momento em que flagraram o uso de relógio digital, de conversa paralela (ridículo), e de telefone celular com acesso á internet (como tem tanta certeza)?
Porque se denunciassem na hora, os que "prejudicaram" o processo seriam excluídos do certame.
A Sra. promotora está brincando com a vida de centenas de candidatos que passaram por mérito, por estudo e dedicação.
Infelizmente, existem pessoas que pensam que democracia é uma anarquia (povo sem governo), que podem fazer o que quiser e ficar impune, mas graças ao MP ainda temos uma voz lúcida, capaz de mostrar os erros, gravíssimos, cometidos em nome de uma pseuda democracia, como diz Gilberto Freire. Manifesto-me com esse posicionamento, pois sabemos que muitos candidatos estavam realmente preparados para este certame, no entanto, existem candidatos inescrupulosos, sem caráter que não estudam e que se juntam a um punhado de corruptos, muitas vezes, representantes dos poderes constituídos contando, com o apoio dessas "universidadezinhas" sem nenhum compromisso social, pois os policiais corruptos que por ventura ela tenha ajudado a passar no concurso serão eles que irão defender a sociedade no futuro. Sendo assim, e fraudam os concursos. e CERTOS candidatos ainda se acham a cima de qualquer suspeita e criticam quem luta pelos seus direitos. Eu não sei porque tanto medo de saber a verdade pois so candidatos que são realmente competentes não terão medo de refazer a prova a não ser, se for o caso, que tenham de pagar a propina novamente. Ai é outra história. Eu te entendo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
anula essa porcaria de concurso.esse governo ladrao coloca pessoas como alice viana q nao tem capacidade nem pra fazer um certame correto e muita inrregularidade.
Assim é fácil, não passo no concurso e quero anulação. Pq essas denúncias não foram feitas durante ou logo após as provas. Esperaram o gabarito e o resultado pra poder recorrer.
Se as provas surgirem sou a favor da anulação. Caso contrário se preparem realmente pro próximo concurso. Foi tão fraudado que sobraram centenas de vagas, ou foi incompetência de quem não passou?
Essa ACP vai cair mais uma vez pq é fraca demais em seus argumentos.
não preencheu nem a metade das vagas ofertadas... que fraude é esse...fala sério
e porque nao preencheu nem a metade das vagas. justamente porque ficaram reprovados na prova oral e quem pagou para entrar nas fases anteriores. tirando vaga de quem realmente era competente. não tinha conhecimento suficiente para essa etapa que exigia conhecimento de fato. nessa fase não dá para mandar o politico de te colocou para dentro fazer a prova em seu lugar. eeeeeeeeeeeeeeee se ferraram. rsrsrsrsrsrsrsrsrsr
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