A Educação Especial tem concurso público próprio e centenas de candidatos aprovados aguardando nomeação

A Associação dos Concursados do Pará lamenta profundamente o desvio do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública no Estado do Pará, o Sintepp, ao lançar nota defendendo a permanência de professores em desvio de função, na modalidade Educação Especial, da Secretaria de Estado de Educação do Pará, a Seduc.

A nota lançada hoje pelo Sintepp é indiferente à luta travada pelos aprovados no Concurso Público C-167, que há três anos reivindicam o direito à nomeação. Na nota, o sindicato, de forma absurda, ainda tenta ignorar a existência da Associação dos Concursados do Pará, entidade que há seis anos trava dura batalha nas ruas e nos tribunais, para garantir o direito dos aprovados em concursos públicos. Ao contrário do que pretende esconder o Sintepp, a Asconpa possui visibilidade suficiente para ser reconhecida pela direção deste sindicato e possui ainda total credibilidade e respeito de toda a população do nosso estado.

O Sintepp defende claramente a irregularidade tutorada pela administração pública estadual a qual, mesmo tendo executado o concurso, mantém os que estão ocupando as vagas destinadas aos aprovados, procrastinando de forma covarde a nomeação dos concursados, com a justificativa de que os que lá estão possuem qualificação profissional para isso. Qualificação que também possuem os aprovados no concurso.

O Sintepp não quer reconhecer que, se os professores em desvio de função são qualificados para ocupar as vagas dos concursados, os mesmos deveriam ter se submetido ao mesmo concurso público ao qual se submeteram os verdadeiros postulantes das vagas, que possuem qualificação comprovada em diplomas e certificados de nível superior.

Para a Associação dos Concursados do Pará, o Sintepp, ao contrário do que afirma, não tem intenção de defender o concurso público, mas apenas os interesses de parte dos seus filiados, a saber, aqueles que de forma irregular ocupam vagas destinadas aos aprovados em concurso público.

Ao apoiar este erro, com a clara tentativa de, a todo o custo, convencer o que está errado como se fosse o certo, o Sintepp perde mais ainda da sua credibilidade e, como consequência, agrava o seu enfraquecimento diante da sua categoria, que a cada assembleia, tem exigido mais empenho da sua direção e menos "tratoragem politica" por parte dos seus coordenadores.

Faria melhor o Sintepp se, ao invés de defender o servidor irregular, propusesse a incorporação dos benefícios aos salários dos professores em desvio de função, com o retorno dos mesmos aos seus cargos de origem, diligenciando a apoiar o ingresso dos novos servidores aprovados no concurso público.