8 meses de governo e só agora Simão Jatene fala em nomeação dos novos defensores

Concursados reunidos com chefe da Casa Civil em janeiro deste ano. Nomeação de novos defensores só no discurso hipócrita dos políticos.

Somente dois anos após a homologação do concurso público C-143, conforme edição 31.468, de 24/07/2009, do Diário Oficial do Estado, realizado para provimento de vagas em cargo de Defensor Público do Estado, e oito meses após Simão Jatene ter assumido o cargo de governador, a Secretaria de Estado de Administração (SEAD), recebeu a solicitação para a nomeação de 54 novos defensores aprovados no concurso.

Apesar de toda essa demora e do desrespeito pelas pessoas que necessitam dos defensores em diversos municipios do Estado e, também da indiferença com os aprovados no Concurso Público, mesmo sem ainda ter concretizado as posses dos novos defensores, mas preocupado em fazer discurso político, o titular em exercicio da Defensoria, declarou: "as nomeações só serão possíveis graças à sensibilidade do executivo para com a prestação de assistência jurídica aos necessitados no interior do Estado, aliado à gestão financeira responsável da Defensoria Pública e a organização do grupo dos aprovados, que articuladamente trouxeram ao órgão documentos fundamentais para evitar a nomeação desnecessária de novos membros que já não têm mais interesse em assumir o cargo".

Ora, ora, ora, onde já se viu tanta hipocrisia. Sensibilidade tem a população que sofre pela ausência de políticas públicas do governo, e nesse caso, desprotegida da assistência jurídica que deveria estar sendo ininterruptamente prestada gratuitamente pelo Estado, às pessoas que precisam e não possuem recursos para contratarem um advogado.

Outro absurdo na declaração do titular da Defensoria está na menção a "organização do grupo dos aprovados", que teria sido uma das razões para a nomeação, mas sem levar em conta o tempo que levou para que fossem atendidos.

A luta pelas nomeações dos novos defensores teve início em janeiro deste ano, com uma reunião que a Associação dos Concursados do Pará, após muita insistência, teve com o então chefe da Casa Civil, Zenaldo Coutinho e, mesmo com a apresentação de dados importantes, mostrando a necessidade urgente das convocações, nada foi feito.

Para a Asconpa, o governo está fazendo festa para tentar encobrir a vergonhosa indiferença que tem tido com o povo paraense, especialmente com os mais pobres.