Presidente da Asconpa na ocupação do prédio da Seduc |
Carta das entidades organizadas em apoio à greve dos trabalhadores em
educação do Pará
Os (as) trabalhadores (as) em educação do estado do
Pará em greve desde 23/09 vem a público esclarecer que permanecem paralisados
por ainda não terem as reivindicações da categoria atendidas.
Ao contrário do que diz o governo, que divulga de
forma tendenciosa notas pagas na imprensa local com o dinheiro público, e tenta
induzir a opinião da sociedade contra os (as) trabalhadores (as) em
educação, afirmamos que o movimento é comprovadamente legítimo, como o
próprio Supremo Tribunal Federal decidiu.
A sociedade civil organizada responde ao governo do
estado: nós também queremos aulas! No entanto, não é a greve que prejudica os
estudantes, pois estes já estão prejudicados há pelo menos três décadas, por
conviverem com o descaso dos governos, a falta de políticas públicas de estado
e infra estrutura física e pedagógica.
Todos os anos são devolvidos milhões em recursos
federais devido à má gestão do estado. As consequências são sentidas por toda a
sociedade paraense pelo serviço público oferecido de baixa qualidade, exemplo
disso, são as escolas precárias, reformas inacabadas, falta de equipamentos
pedagógicos e tantas outras precariedades vivenciadas. O reflexo disso são os
resultados alcançados: pior índice de desenvolvimento da educação básica, no
ensino médio e o segundo pior índice de desenvolvimento humano em educação do
país.
Os (as) trabalhadores (as) em educação não podem
ser responsabilizados (as) por esse descaso com a educação pública no estado.
Entretanto, a luta dos (as) trabalhadores (as) busca não apenas ganhos
financeiros, mas principalmente garantir que o serviço oferecido à sociedade
seja o melhor possível. Pois, estas pautas contemplam reformas das escolas e do
prédio sede da Seduc, inclusão dos servidores que não são do grupo magistério
no PCCR, a lotação por jornada com garantia de ⅓ para hora atividade e a
regulamentação das aulas suplementares e a regulamentação do SOME, visando garantir o
acesso à educação ao aluno do campo.
Diante do exposto, os movimentos sociais
organizados, signatários, responsabilizam o governo
do estado pela precarização da educação pública paraense, visto que não está
oportunizando o diálogo com a categoria – a não ser quando pressionado por atos
radicais. Exigimos que a pauta dos (as) trabalhadores (as) seja atendida para
que os alunos possam retornar as escolas com a certeza de que não terão as
aulas interrompidas.
Contudo é necessária uma grande mobilização da
sociedade que force a aprovação do Plano Nacional da Educação e que este
assegure a destinação de 10% do PIB para financiar a educação pública no
Brasil, com vistas a garantir a educação de qualidade que queremos e que vá
para além dos discursos e intenções dos governantes, tornando-se
realidade.
Assinam SINTEPP E SUBSEDES, ADUFPA, AEBA, AFBEPA,
ANEL, APS, ASCONPA, ASFUNPAPA,
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS ESTUDANTES DE ENGENHARIA FLORESTAL, CAEF/UEPA,
CAHIS/UFPA, CENTRAL DE MOVIMENTOS POPULARES (CMP), CENTRO POPULAR DE APOIO À
CIDADE, COLETIVO JOVEM DE MEIO AMBIENTE, COLETIVO MARIAS, COLETIVO ROSA ZUMBI, CONSELHO
REGIONAL DE PSICOLOGIA 10, CONSTRUÇÃO COLETIVA SOUFRAN, CONSULTA POPULAR,
CSP-CONLUTAS CST CTB CUT, DCE – UNAMA, DEPUTADO EDMILSON RODRIGUES, FEDERAÇÃO
DO MOVIMENTO ESTUDANTIL DE HISTÓRIA, FEDERAÇÃO MUNICIPAL DAS ENTIDADES DE
CASTANHAL – FEMECA, FEDERAÇÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES DE ENSINO TÉCNICO,
FEDERAÇÃO PARAENSE DOS ESTUDANTES DO ENSINO TÉCNICO, GEMPAC, GMB, GRÊMIO
ESTUDANTIL A FORÇA DA JUVENTUDE (RUTH ALMEIDA), GRÊMIO ESTUDANTIL CABANAGEM
(IFPA), GRÊMIO ESTUDANTIL CEPAP, GREMIO ESTUDANTIL DOROTHY STANG (MAF), GRÊMIO
ESTUDANTIL FILHOS DA REVOLUÇÃO (ANTONIO GONDIM LINS), GRÊMIO ESTUDANTIL DO
HILDA VIEIRA, GRÊMIO ESTUDANTIL LUCY CORREA, GRÊMIO ESTUDANTIL NPI, GRÊMIO
ESTUDANTIL SONIA ANGEL (INTEGRADO), GRÊMIO ESTUDANTIL ULISSES GUIMARÃES, GT
JUVENTUDE FAOR JUNTOS LEVANTE POPULAR DA JUVENTUDE, MOVIMENTO DE ATINGIDOS PELA
MINERAÇÃO (MAM), MOVIMENTO DE ATINGIDOS POR BARRAGENS, MOVIMENTO HIP HOP,
MOVIMENTO LUTA DE CLASSES, MOVIMENTO LUTA POPULAR, MOVIMENTO MULHERES EM LUTA,
MOVIMENTO XINGU VIVO, MRS, MST PAJEÚ – RESISTÊNCIA EM MOVIMENTO, PASTORAIS
SOCIAIS, PCR, PSOL, PSTU, OAB/PA, RADIO AQUATUNE, RADIO CABANA, REDE DA
JUVENTUDE PELO MEIO AMBIENTE (REJUMA), REDE EDUCAÇÃO CIDADÃ (RECID),
SECRETARIADO DA CONFERENCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL – REGIONAL NORTE II,
SIND. TRAB. CONSTRUÇÃO CIVIL, SINDICATO DOS TRABALHADORES EM LIMPEZA URBANA,
SINDTIFES, SINTSEP, UBES, UMES, UNE, UNIÃO DA JUVENTUDE REBELIÃO, UNIÃO DOS
ESTUDANTES SECUNDARISTAS DE BELÉM, UNIDOS
PRA LUTAR, VAMOS À LUTA,
VEREADOR CLEBER RABELO, VEREADOR FERNANDO CARNEIRO, VEREADORA MARINOR BRITO.
2 comentários:
E O DESCASO MAIOR E O CONCURSO C-154-SEDUC-PROFESSORES VAI VENCER OS QUATRO ANOS E NADA DE CHAMAREM OS CONCURSADOS ENQUANTO ISSO GRITAM DE ALEGRIAS O TEMPORARIO QUE ESTAO EM NOSSAS VAGAS.......... VAMOS A LUTA, PARECE QUE O POVO E ACOMODADO MSM E ASSIM ESPERAM OUTRO CONCURSO P ELES ARRECADAREM MILHÕES E FICAR NESSA MESMA SACANAGEM DE NAO CHAMAR NINGUEM MSM E ASSIM VAI LEVANDO O NOSSO DINHEIRO ...........
e uma vergonha o que a prefeitura ta fazendo com os concursados,ta enganando o povo com falta de recursos....
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