segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Governo anuncia adiamento de editais e frustra candidatos

Após alardear por todos os cantos do estado, que, ainda este ano, o governo ofertaria vagas em concursos públicos em diversos órgãos da órgãos da administração direta e indireta, a secretária de Administração, Alice Viana, revelou nesta segunda-feira (21), que os certames ocorrerão apenas em 2016. E que, serão apenas 18, oito no primeiro semestre e dez no segundo. Ainda segundo a secretária, os concursos foram reprogramados para o ano que vem, por falta de recursos, uma vez que "o Estado atingiu o limite prudencial de gastos estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) em 2015".
Os editais dos novos concursos serão publicados somente em julho de 2016, e apenas para o CPC Renato Chaves, Detran, Hemopa, Igeprev, área meio da Polícia Civil e Semas. No total. apenas 869 vagas.
Os demais concursos (Arcon, Emater, Fasepa, Fundação Carlos Gomes, Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, Sespa, Hospital Ofir Loyola, Seduc e Seaster, todos ainda sem previsão de vagas) serão divulgados no período eleitoral, certamente para dar visibilidade aos candidatos do governador Simão Jatene (PSDB), como Zenaldo Coutinho, que já anunciou que virá candidato a reeleição à Prefeitura de Belém.
O mesmo desinteresse ocorre nos esperados concursos para a área de Segurança pública, cujos editais não têm data para publicação. Apenas a previsão de que ocorrerão "no primeiro mês de 2016". Funtelpa, Facom, Sefa, Seplan, Sejudh, Sead, Setur, Defensoria Pública, Cohab, Cosanpa, entre outros, ficarão de fora.
Para o presidente a Asconpa, José Emílio Almeida, "quando diz que o estado já atingiu o limite da LRF, faltou apenas a secretária confessar a sua incompetência em gerir recursos públicos. Há também uma grave constatação: se para o governo, realizar concurso é gasto, para a população é investimento. Isto porque em todos os órgãos faltam trabalhadores para dar conta dos serviços, o que têm dificultado a vida das pessoas que procuram atendimento".
Ainda para o presidente da Asconpa, "se quisesse realmente economizar, o governo reduziria o quantitativo de DAS contratados sem concurso público que ganham salários bem acima dos pagos aos concursados".
Para os milhares de interessados em concorrer às vagas, o anúncio causou grande frustração. Muitos já estão fazendo curso preparatório e serão obrigados a prorrogar as despesas com o pagamento das mensalidades.
Resta agora esperar e torcer para que o governo finalmente cumpra a determinação dos ministérios públicos do Estado e do Trabalho, registrados em diversos Termos de Ajustamento de Conduta.

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