terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Candidatos denunciam irregularidades em exame da Polícia Militar do Pará

Centenas de candidatos, considerados inaptos no Teste de Aptidão Física (TAF) em concurso promovido pela Polícia Militar do Pará, realizado no período de 10 a 19 de dezembro últimos, na Escola Superior de Educação Física da UEPA, em Belém, estão exigindo a anulação do exame, considerado por eles repleto de irregularidades. Candidatos considerados aprovados também reivindicam a anulação em apoio aos colegas.
Nesta terça-feira, dia 20 de dezembro, às 8 horas da manhã, os candidatos farão um ato de protesto em frente a ALEPA, em Belém.
O grupo reclama de desnecessário rigor na aplicação do teste, prejudicando até pessoas que estavam muito bem preparadas para se submeter ao exame. Além de tratamento diferenciado e ameno dado a candidatos que já treinavam nas instalações da faculdade onde ocorreram os testes, o que resultou em aprovação para estes candidatos.
Os concursados denunciam ainda que um dos avaliadores do TAF teria atuado como professor de diversos candidatos, que inclusive se prepararam nas dependências da própria UEPA, local dos exames. Os candidatos suspeitam que este teria professor garantido a aprovação dos seus alunos.
Entre as irregularidades, consta também a falta de filmagem para registrar o tempo na barra, conforme previa o edital.
As provas escritas ocorreram em junho deste ano, seguido do exame médico. O TAF estava marcado para ocorrer no dia 24 de novembro, mas foi adiado para este mês.
Ainda segundo o edital, os candidatos deveriam, no TAF, ficar em posição correta na barra, sem deixar o queixo e peito acima da barra, por 12 segundos.
No entanto, a candidata Carolina Souza relata que recebeu sinal de que já havia completado o tempo regulamentar de 12 segundos, quando o avaliador do teste a chamou pelo nome. Mas ao descer da barra, a mesma foi informada pelo avaliador, que havia ficado apenas 8 segundos pendurada na barra. Sendo por isso reprovada.
Os candidatos estiveram no Ministério Público do Estado, onde registram ocorrência na 4ª Promotoria de Justiça dos Direitos Constitucionais Fundamentais e dos Direitos Humanos, coordenada pela promotora Maria da Penha de Mattos Buchacra.
O MP ficou de enviar à Fadesp, organizadora do certame, ofício pedindo esclarecimentos sobre as denúncias feitas pelos candidatos.
No próximo dia 27 de dezembro (terça-feira), os candidatos farão um ato de protesto contra a coordenação do Concurso Público da PM. A manifestação será em frente a SEAD, na Avenida Almirante Barroso, com a Travessa do Chaco, onde pretendem pedir audiência com a secretária para exigir apoio à anulação do exame.

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