terça-feira, 27 de março de 2018

Concursados voltam a cobrar nomeação em Ananindeua

Apesar da decisão da juíza Valdeíze Maria Reis Bastos, da Vara da Fazenda de Ananindeua, que há dois anos, determinou a nomeação e posse de todos os candidatos aprovados no concurso público promovido pela Prefeitura de Ananindeua em 2012, apenas umas poucas nomeações foram efetivadas.
Ao todo, cerca de 262 concursados ainda esperam o cumprimento da decisão, solenemente ignorada pelo prefeito Manoel Pioneiro, de Ananindeua.
Conforme revela o Portal da Transparência, publicado em dezembro do ano passado, em Ananindeua, das 5579 vagas efetivas criadas no serviço público municipal, apenas 3296 estão ocupadas por servidores concursados. Por outro lado, cerca de 4980 pessoas, foram contratadas e ocupam vagas no município.
A magistrada determinou as nomeações de todos os aprovados no cargo de Técnico Administrativo – Secretariado, Técnico em Agrimensura, Técnico em Agricultura, Técnico Escolar, Técnico em Computação e Auditor-Fiscal.
A juíza também determinou a imediata substituição de 296 servidores temporários contratados para as vagas de Técnico Administrativo - Secretariado (278); Técnico Escolar (11); Auditor Fiscal (7).
O concurso perdeu a validade em 2016, mas ação civil pública, ajuizada pelo Ministério Público do município, que garante o “direito líquido e certo dos aprovados e classificados” assegura o direito à nomeação dos concursados.
Segundo o presidente da Associação dos Concursados do Pará, José Emílio Almeida, “há cinco anos estamos denunciando a farra nas contratações de temporários na Prefeitura de Ananindeua. O uso irregular dos cargos por servidores temporários, contratados pelo prefeito Manoel Pioneiro, serviram apenas para atender interesses políticos, especialmente em anos de eleição".
Esta semana, os concursados estiveram reunidos com a promotora Albely Lobato e com o procurador do município, Sebastião Godinho.
Na próxima terça-feira, dia 3 de abril, às 10 hs da manhã, os concursados farão um ato de protesto em frente ao Ministério Público em Belém, onde tentarão audiência com o procurador Estevam Alves, para tratar da ação por improbidade ajuizada contra o prefeito de Ananindeua.

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